A confissão de um director é relevante. O Sr. Director da PJ confessou. Admitiu que a sua “empresa” não vai bem e que os seus funcionários não desempenharam bem as suas funções ou, como diz, precipitaram-se. O Sr. Director falou como se estivesse noutra, como se não fosse o máximo responsável, como se os funcionários que dele dependem andassem numa “roda livre” a brincar às investigações, pondo em risco as vidas dos cidadãos. O Sr. Director falou como se tivesse tomado, em devido tempo, posição contrária e, por quaisquer razões, viu-se impedido de, de pleno direito exercer as funções que lhe foram confiadas.Lavou as mãos como Pilatos e crucificou a instituição que dirige. Mas quem o impediu de exercer o seu cargo? Ou será que se esqueceu que é director? O senhor jurou solenemente por sua honra, o que, no mínimo, nos faria crer que, de alma e coração estaria a dirigir uma instituição que tem merecido a confiança do povo português. Quem é que afinal se precipitou, eles ou o senhor?
É caso único alguém com tamanha responsabilidade vir assassinar a sua dama em plena praça e, fazê-lo com a mesma indiferença com que o faria alguém que nunca a amou.