O tempo que vai passando, leva-nos para outra idade.

Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006

Está na altura de vos comunicar que o tumor da minha “princesa” não era maligno.  Mas eu acho que ela percebeu o quanto era importante para mim e fazia parte da família. Não, isto não é pieguice, quando muito alguma maluquice, tratando-se de uma cadelita. Mas há animais que valem tudo o que pesam, já nem sempre das pessoas possamos dizer o mesmo contrariando aquela velha frase de “homem de peso” porque afinal é só banha e essa tem pouca consistência.

Mas depois destes devaneios, gostaria de partilhar alguns momentos que vivi ontem num reencontro de um grupo que me é muito próximo por variadas razões que não é necessário explicar para contar o resto da história. Normalmente convencemo-nos que conhecemos bem os nossos amigos e eles sempre nos conseguem surpreender! Não, não é de uma desilusão que vos falo, é da profundidade de sentimentos, da importância que as relações humanas atingem quando estamos todos os dias a dar mais do que aquilo que nos pagam para dar. E dar não conhece obstáculos, não encontra barreiras, não obedece a planos, não serve interesses. Como me tocou a dignidade de ouvir  eu amo-vos ” por outras palavras. São estas pequenas grandes coisas que me vão fazendo acreditar que mais tarde ou mais cedo as janelas e as portas das nossas vidas ficam escancaradas, deixando que o sol nos ilumine e aqueça. Só grandes corações nos trazem estas alegrias e isto eu nunca esquecerei!

 

publicado por outraidade às 01:42

Terça-feira, 07 de Novembro de 2006

É mais fácil ir escrevendo algumas ideias no meu outro “blog” intitulado “soviver” porque são quase notas soltas que lanço sem grande preocupação, dando asas a um devaneio ou a um sonho imediatista. As minhas ficções vão-se espraiando num descuidado ritmo que de quando em vez me assalta e eu, sem me dar conta, vou deixando que o mundo as partilhe, vou entrando nesta brincadeira de acreditar que alguém lê e gosta mas não me diz ou que não gosta e fica indiferente. Está aí alguém, pergunto eu enquanto escrevo. Mas ninguém responde e ou me convenço que alguém estará certamente, ou sinto-me tentada a desistir por não ouvir o eco da resposta.

Esta partilha não tem diálogo, consolando-me a ilusão de que alguém leu mas não respondeu. E nesta dicotomia entre eu e mim que na primeira pessoa pensa que escreveu alguma coisa que se lê e no complemento tece-me críticas destruidoras de quem não se toca, nem se vê, sinto a minha pouca fantasia, alguma falta de inspiração, a perda da imaginação que se desenhou nos gestos, na troca de olhares, nas percepções, nas palavras que se juntam e preenchem um serão de cavaqueira, a discussão acalorada por pensamentos, as prementes dúvidas ou convicções. Afinal, está aí alguém?

 

 

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publicado por outraidade às 02:02

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