Está na altura de vos comunicar que o tumor da minha “princesa” não era maligno. Mas eu acho que ela percebeu o quanto era importante para mim e fazia parte da família. Não, isto não é pieguice, quando muito alguma maluquice, tratando-se de uma cadelita. Mas há animais que valem tudo o que pesam, já nem sempre das pessoas possamos dizer o mesmo contrariando aquela velha frase de “homem de peso” porque afinal é só banha e essa tem pouca consistência.
Mas depois destes devaneios, gostaria de partilhar alguns momentos que vivi ontem num reencontro de um grupo que me é muito próximo por variadas razões que não é necessário explicar para contar o resto da história. Normalmente convencemo-nos que conhecemos bem os nossos amigos e eles sempre nos conseguem surpreender! Não, não é de uma desilusão que vos falo, é da profundidade de sentimentos, da importância que as relações humanas atingem quando estamos todos os dias a dar mais do que aquilo que nos pagam para dar. E dar não conhece obstáculos, não encontra barreiras, não obedece a planos, não serve interesses. Como me tocou a dignidade de ouvir “ eu amo-vos ” por outras palavras. São estas pequenas grandes coisas que me vão fazendo acreditar que mais tarde ou mais cedo as janelas e as portas das nossas vidas ficam escancaradas, deixando que o sol nos ilumine e aqueça. Só grandes corações nos trazem estas alegrias e isto eu nunca esquecerei!