Em Portugal a modernidade do ensino tem passado por controversas obras que se prolongaram por todo o ano passado lectivo.
Ou se aproveita o edifício de raíz acupulando-lhe um descaracterizado bloco arquitectónico ou, se inicia aquilo que decidiram chamar centro escolar.
Esta política gera o abandono de antigos edifícios ou, não menos mau, gera escolas algo miscenizadas de estilos arquitectónicos. Mas essa é apenas a parte estética da coisa que, naturalmente, se reflecte na parte económica dessa mesma coisa.
Investir na educação, parece chamar-se.
Entremos então numa dessas escolas remendadas.
Continuam a funcionar com os mesmos quadros (sejam de giz ou interactivos), continuam a ter o mesmo mobiliário, os velhos livros de sumários... mas foi investimento na educação!
As papeladas nas mãos dos professores são mais que muitas, as fotocópias não conseguem impor-se ao uso do mail da rede interna...mas foi investimento na educação!
O aluno continua a ter uma super protecção...mas foi investimento na educação!
As potencialidades de uma escola não são aproveitadas para determinados cursos e abrem-se cursos iguais na escola ao lado mas...foi investimento na educação!
O número de alunos por turma aumenta mas...foi investimento na educação!
As escolas são obrigadas a receber alunos com necessidades especiais sem terem professores especializados mas...foi investimento na educação!
Há coisas que, por mais que queiramos perceber, não percebemos.
E passassam-se anos a discutir promoções, classificações, progressões...e de educação...nada!
Assim, em Portugal, temos escolas modernas.